sexta-feira, 24 de abril de 2015

EX-VOTOS A PROVA DO MILAGRE DA FÉ DO POVO



AGONIA, MILAGRE E FÉ.

De norte a sul do país, os ex-votos continuam dando testemunho de milagres alcançados pela fé das pessoas que busca os lugares religiosos, expressando-se assim desta maneira a fé e renovando a crença nos seus santos de devoção. Os primeiros registros da existência dos ex-votos datam do século VI a.C, no tempo de Asclépio, neste local os devotos ofereciam sacrifícios, purificavam-se com dietas, banhos, rituais apropriados e, eventualmente, se curavam de seus males. Essa "medicina", baseada principalmente no poder da sugestão e em regras de higiene, tinha lá sua validade e gozou de grande prestígio, a julgar pela enorme quantidade de oferendas votivas (ex-votos) que os devotos, agradecidos, doavam aos santuários. Mas afinal o que ex-voto e par que serve afinal? Esta palavra vem do latina suscepto ("o voto realizado"), o termo designa pinturas, estatuetas e variados objetos doados às divindades como forma de agradecimento por um pedido atendido. Trata-se de uma manifestação artístico-religiosa que se liga diretamente à arte religiosa e à arte popular, despertando o interesse de historiadores da arte e da cultura, de arqueólogos e antropólogos. As motivações do presente votivo são muitas: proteção contra catástrofes naturais, cura de doenças, recuperação em virtude de sofrimentos amorosos, acidentes e dificuldades financeiras. O voto feito aos deuses, por sua vez, também adquire formas muito diversas: placa, maquete ou pintura descrevendo os motivos da promessa, ou pequenas réplicas (de barro, madeira ou cera) das partes do corpo afetadas por moléstias (perna, cabeça, mão, coração etc.), chamadas por alguns de "ex-votos anatômicos". Designam-se "ex-votos marinhos" aqueles em forma de barcos, realizados em regiões litorâneas. Colocados em locais públicos - capelas ou sala de milagres -, os painéis ou presentes votivos trazem frequentemente a inscrição "ex-voto" ou "milagre feito".


O tipo de troca com o divino que o ex-voto expressa, artística e ritualmente, é uma prática observada em todas as épocas e culturas. Pairam dúvidas sobre sua origem, embora algumas fontes localizem-na entre os fenícios. É observada nas religiões pré-cristãs e pré-islâmicas da Ásia Menor, norte da África, e povos mediterrâneos, da Europa ocidental e central. Formas comparáveis ou idênticas encontram-se em tradições recentes e populares da Índia, Tibet, China e Japão. O costume de oferecer "presentes votivos" se dissemina pelas Américas do Sul e Central, entre a colonização portuguesa e espanhola, e as missões católicas romanas. Na Idade Média, o ex-voto é hábito da nobreza, que encomenda os objetos votivos - em geral pinturas - a artistas conhecidos. Até o século XVI, o ex-voto pintado se mantém preferencialmente relacionado às classes mais abastadas; e, a partir desse período, as imagens votivas se disseminam pelo mundo ocidental, aparecendo cada vez mais em imagens populares.  Entre as imagens mais antigas preservadas a que se tem acesso encontram-se as da igreja de Hagios Deméritos (séculos VI e VII) em Tessalônica, Grécia, e as da catacumba de Commodilla, Roma (século VI).  Os ex-votos são amplamente realizados até hoje, em todo o mundo. No Brasil, trata-se de uma tradição que remonta ao século XVIII e ao ex-voto pintado do convento de Santo Antônio de Igaraçu, em Pernambuco, procedente da antiga igreja de São Cosme e Damião, 1729. Nele encontra-se relatada a epidemia da peste que atinge o Estado em 1685, e que não teria alcançado a cidade em razão da promessa feita pela população. Em Salvador, no mosteiro de São Bento, encontra-se a pintura de 1745, que representa a figura daquele beneficiado pelo milagre, Agostinho Pereira da Silva, que teria escapado de ladrões em razão da promessa feita a Nossa Senhora dos Remédios. No Museu do Estado de Pernambuco, é possível ver três painéis, datados de 1709, representando as batalhas dos montes Guararapes e das Tabocas, e o apelo feito a Nossa Senhora dos Prazeres. Ex-votos esculpidos em madeira se fazem presentes em diversos Estados do Nordeste brasileiro, principalmente Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte. Ainda que, de modo geral, essas obras sejam anônimas, é possível citar os nomes de alguns artistas como Dezinho de Valença (1915), Mestre Noza (1897 - 1984), e de Zé Leão, muito conhecido como escultor de ex-votos. O Museu Câmara Cascudo, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, mantém uma importante coleção de ex-votos de várias regiões do Estado. As "casas de milagres" dos grandes centros de peregrinação, como o de Bom Jesus da Lapa, Bahia, o de Bom Jesus do Matosinhos, em Congonhas do Campo, Minas Gerais, Ceará encontramos nas Basílicas de Canindé e Juazeiro do Norte, Em São Paulo, Santuário Nacional de Aparecida do Norte, nestes locais religiosos recebem grande variedade de objetos trazidos pelos romeiros que vêm pagar promessas.



A PROVA DA FÉ ALCANÇADA.

Os moradores da cidade de São Cristóvão, localizada no estado de Sergipe na região Nordeste do país, realizam uma importante celebração religiosa sempre no final da Quaresma, quando milhares de pessoas dos mais diferentes locais lotam as ruas, calçadas e praças da pequena cidade para acompanhar a procissão do Senhor dos Passos. Nesta procissão carregam pernas e braços de madeiras, muletas, provas escolares, fotografias e outros objetos como forma de agradecimento por uma graça alcançadas. No final do percurso depositam seus ex-votos na Igreja do Carmo como forma de provar a fé alcançada.
As festas em homenagem aos santos padroeiro e as romarias são as ocasiões preferidas pelos romeiros para pagar suas promessas e colocar seus ex-votos nos santuários religiosos. Estas manifestações não acontecem somente as festas dos santos de devoção. Segundo o Professor José Claudio Alves de Oliveira, do Departamento de Museologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) a cada missa, festa, visita aos santuários, cemitério ou cruzeiro, a tradição está presente através da demonstração da fé.
Hoje, nós principais centros de peregrinação encontramos uma trilha de fé, não somente nos dias de festas religiosas mas em quase todos os dias. Encontramos jovens, idosos, casais, pessoas das mais variadas classes sócias que juntos aos cortejos cantam louvores, rezam, oferecem objetos aos santos e terminam o percurso fazendo a desobrigação, que e o ato de colocar seus ex-votos nas salas de milagres das igrejas. Nestes espaços sagrados, as peças oferecidas em pagamento de um milagre ou graça alcançada se espalham por toda parte. A maioria das salas tem aspecto bem parecidos. O que mais se vê são pernas, braços e outras partes do corpo humano reproduzidos em cera ou madeira pendurados no teto. Encontramos nas paredes as tradicionais fotografias como prova do que era antes e agora depois da graça alcançada. Pequenos quadros e crucifixos completa esta exposição de fé, no ar um cheiro de velas queimadas acendidas pelos pagadores de promessas e visitantes.  Hoje, no mundo, os pequenos e grandes santuários católicos apresentam acervos efêmeros em suas salas de milagres. Objetos que ficam por pouco tempo nas salas. Objetos que vão para museus, e outros que simplesmente somem por algum tipo de descarte. Salas famosas como as de Nossa Senhora Aparecida, no Brasil, Guadalupe, no México, Lourdes, na França e outras, apresentam a riqueza tipológica desses objetos.
A sala de promessa do santuário de Nossa Senhora de Aparecida é o segundo local mais visitado, só perdendo apenas para o santuário onde está localizado a imagens de Nossa Senhora. Segundo dados de estatística da Basílica são depositados por mês cerca de 22 mil ex-votos. Tudo começou nos primeiros tempos de romaria, os romeiros deixavam seus ex-votos pendurados nas paredes da Capelinha de Itaguaçu. Com o crescimento do número de fiéis foi necessário construir uma nova igreja maior, isto aconteceu em 1745. Atualmente é a atual Basílica velho. Como o passar do tempo uma nova igreja foi construída em 1980. A Basílica de Nossa Senhora de Aparecida, também conhecida como Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, inaugurada pelo Papa João Paulo II quando ele visitou o Brasil pela primeira vez. Em sua trajetória secular a Basílica continua sendo o local de maior peregrinação do País, perdendo apenas para a Basílica de São Pedro localizado no Vaticano. No interior da Basílica podemos encontra desenhos de milagres feitos em meados do século XIX pelo pintor alemão Thomas Driendl perto do teto da nave central da antiga igreja. Existe as imagens feita de velas pelo escravo Zacarias de pessoas com deficiência visual, de boiadeiro entre outras. Em 1955 os ex-votos pássaro a ter um lugar especial no subsolo onde existe um museu da prova da existência da fé, das graças alcançadas.  Quem visita as salas de milagres de Aparecida se depara com uma infinidade de peças, que vão desde coroas valiosas, mantos ricamente ornamentados em fios de sedas, rádios antigos, miniaturas de carro de boi, fitas de VHS ou DVD de casamentos, teses de doutorado, mechas de cabelo, par de chuteiras, roupas de formaturas. Além de mensagens escritas como a de um casal de boias-frias de Cotia, que registra um milagre alcançado a Nossa Senhora pela recuperação de seu filho que havia sido desenganado pelos médicos, que aconselhou a leva-lo para casa para morrer.  Hoje, termina a mensagem, ele está em boa saúde. Os motivos de agradecimento que levaram milhares de devotos aos centros religiosos são os mais variados possível. Os milagres acompanham as transformações sócias e tecnológica. Segundo o Professor Jean Luiz Neves Abreu da Univale/MG autor da tese de dissertação sobre: os ex-votos mineiros no século XVIII, existe ex-votos que representam acidentes de automóvel, o que mostra como eles continuam a testemunhar a crença no milagre e como os santos assumem novas funções nos tempos atuais. Em meados do século XVIII se abençoavam animais, atualmente no século XXI há benções de veículos novos. (Eu próprio quando comprei meu primeiro carro em 2010, foi a cidade de Juazeiro do Norte para abençoar meu carro na igreja do socorro.).
Como o passar do tempo, muitas coisas mudaram, como os “escreventes de cartas” pessoas que escrevia os pedidos ou milagres para os pagadores de promessas, que não sabia escrever. Hoje quase ninguém mais escreve os textos a mão. São digitalizados e impressos em computadores. Outro personagem que se torna cada dia mais raro é o do riscador de milagres ou como queira escultor, artista que descrevia as cenas dos milagres em pequenas telas ou peças de madeiras. Hoje só existe escultores ou pintores nas cidades de Matosinho (MG), Aparecida (SP)     e Juazeiro do Norte (CE), este trabalho artístico foi substituído muitas vezes pela fotografia. Antes, numa peça de madeira ou tela votiva, descrevia-se o doente no leito, sendo visitado pelo santo e logo abaixo existia uma legenda descrevendo o milagre alcançado. Nos santuários católicos, uma grande parte desses objetos constitui verdadeiros museus, diferentes dos museus tradicionais. Os pagadores de promessas e romeiros tem uma relação direta e afetiva com as peças colocadas por eles.       
  Na cidade de São Cristóvão (SE), existe um museu de ex-votos mantido pela Ordem Terceira do Carmo, onde os pagadores de promessas sempre voltam para visitar seus objetos deixados, querem rever o milagre que foram concebidos e agradecer as graças, ou simplesmente fazer um novo pedido.  Em visita a cidade de Juazeiro do Norte (CE). Presenciei um senhor que veio para rever seu ex-voto, era um carro esculpido em madeira que segundo ele teria trazido alguns anos antes. Ficou muito emocionado em reencontra seu ex-voto. Senhor Galego, um dos primeiros fotógrafos de Juazeiro afirma que existe um comercio em forma de empréstimo de peças colocadas no museu localizado na casa do Padre Cicero, esta pratica permite os menos favorecidos economicamente consigam adquiri-las. Já que uma grande parte destas peças são descartadas anualmente para serem subsistidas por outras. Estes museus nasceram para guarda estas peças existentes nas igrejas, como forma de preservá-los. As peças mais chamativas, que tem maior expressividade através de formatos simbológicos são colocadas para demonstração da fé das pessoas envolvidas. Temos como exemplo o capacete de Ayrton Sema em Aparecida. Além da coleção de ex-votos da Igreja Bom Senhor Jesus de Matosinhos (MG). Esta coleção possui uma peculiaridade, pois muitos objetos saem do museu para serem usados em festas, solenidades e procissões, tratando-se, portanto de um acervo “vivo”, o que evidencia a força das tradições religiosas da cidade. O visitante do Museu, através da contemplação destes objetos, poderá usufruir de uma parte do universo religioso dos períodos históricos de Minas Gerais e aprender sobre a importância desta religiosidade na formação histórica e cultural de São João del-Rei.  Em São Cristóvão, os ex-votos e objetos votivos deixados pelos romeiros na igreja do Carmo deram origem ao primeiro museu na região Nordeste inaugurado em janeiro de 1990. As primeiras peças eram formadas basicamente por reprodução de membros do corpo humano. Mais surgiram outras peças doadas por particulares para riqueza do acervo. A importância maior destes objetos e a preservação dessas relíquias, fruto de pesquisa de mais de um século de fé e devoção do povo nordestino. O desvio constante das peças por colecionadores e turistas, além da constante queimas indiscriminadas, em razão do excesso de ex-votos no recinto das igrejas e salas de milagres para renovação das peças.

Valentim Santos
Professor, historiador e sociólogo.




AS DAMAS DA ABOLIÇÃO CEARENSE.


Não poderia deixar de destacar o papel das mulheres cearenses, que registrarão seus nomes através de atos heroicos em defesa dos seus ideais de amor e liberdade.  Uma das primeiras a registra seu nome na história do Ceará, foi Maria Tomásia Filgueiras, considerada como a dama da abolição cearense. A ideia de criar-se uma Sociedade das Senhoras Abolicionistas para incorporar a campanha, crescia a cada momento. Os encantos e o espirito das mães, esposas e filhas dos guerreiros da liberdade fazia-se necessário. 
Reunidas na chácara de José do Amaral, localizado no Benfica, presidido por Antonio Bezerra de Meneses, 2ª secretaria da Sociedade Cearense Libertadora, era fundada em 18 de dezembro de 1882, a Sociedade Abolicionista das Senhoras Libertadoras. Um novo exército surgia da grandeza e da fascinação das mulheres cearenses.  Um personagem ilustre fazia-se presente, era José do Patrocínio, “o Tigre da Abolição”, que visitava a Província do Ceará a convite da Sociedade Cearense Libertadora. Em seu discurso Patrocínio exaltava, “ É preciso fazer da fraqueza da mulher o mais forte de todos os poderes, a evangelização pelo encanto, a libertação pela magia de sua graça, viva a mulher cearense”.

Foi eleita a diretoria da Sociedade das Senhoras Libertadoras Cearenses, composta exclusivamente por mulheres. Presidenta: Maria Tomásia Filgueiras de Lima. 1ºPresidenta: Carolina Cordeiro. 2ºPresidenta: Luduvina Borges. 1ºSecretaria: Jacinta Augusta Souto. 2ºSecretaria: Elvira Pinho. Tesoureira: Eugênia Amaral. Diretoras: Virginia Salgado, maria farias de Oliveira, Joana Antônia Bezerra de Meneses, (Noca Bezerra), Isabel Rabelo, Francisca Rangel Bezerra, Luiza Torres de Albuquerque, Francisca Borges da Cunha, Isabel Vieira Teófilo, Jovina Jataí, Banca Rolim, Francisca Nunes da Cruz, Francisca Joaquina do Nascimento, Jesuína de Paula, Maria de Assunção dos Santos, Maria Teófilo Martins, Stefânia Nunes, Marieta Pio, Nerina Martins. No final Da reunião foram dadas seis cartas de alforria de escravos, marcando definitivamente a presença da mulher na trajetória abolicionista cearenses. Podemos definir como o primeiro movimento feminista cearense.

O jornal O Libertador, trazia no seu editorial o seguinte comentário: “ Vós, Exmas. Senhoras Libertadoras, viestes completar, apressar o dia da nossa vitória. A alferena, auriverde da liberdade, por vossas mães desfraldadas aos ventos do céu, é um novo incentivo ao esforço e heroísmo, um talismã de graça e humildade. ” Maria Tomásia nascera em Sobral, descendente das tradicionais famílias Figueira de Melo e Viriato de Madeiro, casada com o Abolicionista Francisco de Paula. Era uma mulher extraordinária, intrépida e incansável. Sua participação no movimento abolicionista foi muito importante. Mulher dinâmica foi a alma da campanha feminista deste feito que enobreceu o Ceará como a primeira província a libertar seus escravos quatros anos antes da abolição definitiva.
A posse da Sociedade das Senhoras Libertadoras aconteceu em 8 de janeiro de 1883, no Clube Cearense. Com a presença de grandes personalidades políticas e intelectuais, destacamos General Tibúrcio, José do Patrocínio, Almino Afonso entre outros. São entregues várias cartas de liberdades por Antonio Bezerra de Meneses e José Marrocos. Mas adesão acontecem simultaneamente de todos os presentes a esta solenidade. Antonio Bezerra estrela de primeira grandeza no abolicionismo cearense, anuncia que 83 cartas de alforrias foram recebidas para a libertação de vítimas do cativeiro humano.

Não podemos esquecer o papel que outras mulheres cearenses tiveram na nossa história destacamos:  Bárbara Pereira de Alencar, a primeira mulher revolucionária e republicana do Brasil, que comandou a revolução pernambucana de 1817, em favor da independência e República do Brasil, Era mãe de Tristão Gonçalves de Alencar Araripe, Padre Carlos dos Santos e José Martiniano de Alencar, todos revolucionários. Foi reconhecida como primeira heroína nacional.

  Antônia Alves Feitosa (Jovita Feitosa) nasceu em 08 de março de 1848, em Tauá (CE), mas foi no Piauí que a jovem gravou seu nome na história. Cortou os cabelos, disfarçou os seios colocou um chapéu de vaqueiro e roupas masculinas para se alistar como voluntária do exército brasileiro na Guerra do Paraguai. O gesto de Jovita teve grande repercussão nacional e foi alvo de manifestações populares. Destacamos: Branca Lopes Alcântara Bilhar, primeira pianista de referência nacional. Henriqueta Galeno, Raquel de Queiroz, Dolor Barreira. Florinda Bulção, entre outras bravas mulheres que engradeceram nossa galaria de heroínas, que marcaram presença feminista no cenário local e nacional.

Referência Bibliográfica:
Jornal o Libertador, edições: 11 e 12, 1883, p.14.
Revista do Instituto do Ceará, vol.32 cite 355,1956.
Paschen Schimmepfeng, Gisele. Maria Tomásia, o Amor a liberdade, Fortaleza, editora Henriqueta Galeno, 1980.